quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Evangelho de Mateus - capítulo 10 (com base nas notas de rodapé)

 Como ovelhas no meio dos lobos, os apóstolos do Senhor, embora não sejam serpentes, precisam ser prudentes como as serpentes a fim de escapar da sofrer dano dos lobos, e simples como as pombas, sem qualquer intenção maligna e sem causar dano aos outros.
 Os apóstolos (pessoas enviadas por Deus) não somente têm a autoridade do Rei celestial, mas também o Espírito de seu Pai. A autoridade do Rei lida com os espíritos imundos e doenças; o Espírito do Pai lida com a perseguição dos opositores. Os que hão de ser apóstolos do Rei celestial para pregar o evangelho do reino têm de sofrer o rompimento dos mais estreitos laços humanos.
 Nosso amor pelo Senhor deve ser absoluto. Não devemos amar coisa alguma mais do que a Ele. Ele é o mais digno do nosso amor, e temos de ser dignos Dele. Cristo tomou a vontade do Pai e foi crucificado. Já, ao ser batizado, foi considerado crucificado, e, daí em diante, carregou a Sua cruz para fazer a vontade de Deus. Os Seus chamados se identificaram com Ele. Ele lhes pediu que tomassem a cruz e seguissem após Ele, isto é, que tomassem a vontade de Deus colocando a si próprios de lado. Isso exigia que primeiramente Lhe dessem o seu amor, a qualquer custo, a fim de que fossem dignos Dele. 
 Se os seguidores do Rei celestial permitem que a sua alma tenha desfrute nesta era, farão com que ele sofra a perda no desfrute na era vindoura do reino. Se permitem que a sua alma sofra a perda do desfrute nesta era por causa do Rei, eles a capacitarão a ter desfrute na era vindoura do reino, isto é, a ter parte no gozo do Rei de reinar sobre a terra.

OBS: Muitos hoje em dia se dizem apóstolos enviados por Deus, mas não visam nada mais que o lucro e seu próprio enriquecimento, se baseiam na palavra e a manipulam obrigando os fiéis em Cristo a darem dízimos. Dar dízimo é algo da velha dispensação, hoje a nova dispensação é sobre a oferta, e que ninguém é obrigado a fazer, e sim se sentir um desejo no coração. Satánas viu que não havia outra maneira de corromper os filhos do Pai senão por meio de degradar a verdadeira igreja. Sendo assim ele usa pessoas que manipulam a palavra de Cristo e ensinam falsas doutrinas. Que possamos voltar nosso coração ao Senhor e que o véu possa ser retirado para que possamos enxergar a verdadeira restauração de Cristo, visando somente a edificação do corpo universal de Cristo.

sábado, 9 de outubro de 2010

Evangelho de Mateus - capítulo 9 ( com base nas notas de rodapé)

 Em Sua salvação, o Senhor não somente nos perdoa os pecados, mas também nos faz levantar e andar. Não se trata de primeiro nos levantarmos e andarmos e, depois ser-nos perdoados os pecados; tal salvação seria pelas obras. Pelo contrário, primeiro são-nos perdoados os pecados e, depois, nos levantamos e andamos; tal salvação é pela graça.
 Perdoar pecados é questão de autoridade na terra. Somente este Salvador régio, que fora autorizado por Deus e que morreria para redimir os pecadores, tinha tal autoridade. Essa autoridade visava o estabelecimento do reino dos céus. O pecador, por si só, não consegue ir até o Senhor, mas uma vez salvo por Ele, é capaz de sair andando da Sua presença.
 Seguir o Senhor inclui crer nele. Ninguém O segue a menos que creia Nele. Crer no Senhor é ser salvo; e segui-Lo é entrar pela porta estreita e andar no caminho apertado para participar do reino dos céus.
 Misericórdia é parte da graça que o homem recebe de Deus. Mas os homens que se consideram justos não gostam de receber misericórdia ou graça da parte de Deus; preferem, antes, dar algo para Deus. Isso é contrário ao que Deus estabeleceu em Sua economia. Assim como Deus deseja mostrar misericórdia aos pobres pecadores, assim também Ele quer que tenhamos misericórdia dos outros em amor.
 Ser religioso é fazer algo para Deus mas sem Cristo. Qualquer coisa feita sem a presença de Cristo, mesmo que seja bíblica e doutrinariamente correta, é religião. Tanto os fariseus, como os discípulos de João Batista, que pertenciam a nova religião, jejuavam muitas vezes, mas sem Cristo. Enquanto isso condenavam os discípulos de Cristo, que não jejuavam, mas tinham Cristo com eles, em cuja a presença viviam. Jejuar não é absterce de comer, é ser incapaz de comer por causa do encargo desesperado de orar por certas coisas. O viver e andar dos seguidores do Senhor deve ser governado e dirigido somente por Ele mesmo e Sua presença, e não por doutrina alguma.
 O Salvador régio não é somente o Noivo para o povo do reino com vista ao seu desfrute, mas também sua nova veste para que sejam equipados exteriormente, a fim de se qualificarem para participar das bodas. Além disso, Ele é a sua nova vida que os desperta interiormente, para que O desfrutem como seu Noivo. Ele, como Rei celestial, é o noivo para o desfrute do povo do reino, e Seu reino celestial são as bodas, onde eles o desfrutarão. Para desfrutá-Lo como Noivo no banquete do reino, eles precisam Dele como sua veste, que é o Cristo crucificado e ressurreto, que os cobre como sua justiça diante de Deus, e o vinho novo, que representa Cristo como a nova vida, cheia de vigor, que anima as pessoas.
 O povo do reino é edificado na igreja, e a igreja se expressa por meio das igrejas locais nas quais o povo do reino vive. Esse povo se compõe de pessoas regeneradas, que constituem o corpo de Cristo e se tornam a igreja. O corpo de Cristo como Sua plenitude, é também chamado " O Cristo", referindo-se ao Cristo corporativo. Para o povo de reino, não se trata de jejuar ou de qualquer outra prática religiosa, e sim, da vida da igreja, com Cristo como o seu conteúdo. Cristo não veio estabelecer uma religião terrena cheia de rituais, mas um reino celestial cheio de vida. Ele está estabelecendo tal reino, não com práticas religiosas mortas de espécie alguma, mas consigo mesmo, a pessoa viva, como o Salvador régio, o Médico, o Noivo, o pano novo e o vinho novo para os Seus seguidores, a fim de que estes o desfrutem plenamente e sejam o odre novo para contê-Lo e se tornem os elementos constituintes do Seu reino.
 Primeiramente, em Sua economia, Deus tem um plano a realizar; a seguir, há a necessidade de que Seu povo rogue e ore a Deus por isso. Ao lhes responder a oração, Ele realizará o que oraram com respeito ao Seu plano.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Evangelho de Mateus - capítulo 8 (com base nas notas de rodapé)

 O salvador real veio salvar os homens e purificá-los de sua lepra para que se tornem o povo do Seu reino.
 Todas as curas realizadas nas pessoas caídas são resultado da redenção do Senhor. Na cruz, Ele tomou as nossas enfermidades, carregou as nossas doenças e realizou plena cura por nós. No entanto, nesta era, a aplicação desse poder divino de cura, é apenas um antegozo para nós; o pleno gozo, nós nós o teremos na era vindoura.
 Até as raposas e as aves têm lugar de descanso, mas o Rei do reino não o tinha. Isso prova que o reino que Ele estava estabelecendo não era material,  de natureza terrena, mas espiritual, de natureza celestial.
 A fé provem e depende da palavra do Senhor. Devemos ter uma plena percepção sobre a palavra do Senhor; assim, teremos bastante fé.

Evangelho de Mateus - capítulo 7 ( com base nas notas de rodapé)

 O povo do reino, que vive com um espírito humilde sob o governo celestial do reino sempre julga a si mesmo e não aos outros. Sob o governo celestial do reino, o povo do reino será julgado conforme tiver julgado os outros. Se julgarem os outros com justiça serão julgados com justiça pelo Senhor; se julgarem os outros com misericórdia, serão julgados com misericórdia pelo Senhor. A misericórdia triunfa sobre o juízo.
  Mateus 7:7 diz " Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis, batei, e vos será aberto. Primeiro, devemos pedir, depois buscar e, por fim, bater. Pedir é orar de modo geral, buscar é suplicar de modo específico e bater é exigir do modo mais íntimo e fervoroso.
 No versículo 11 há uma grande promessa. Ela afirma que o povo do reino recebe o cuidado e a provisão do seu Pai que está nos céus. Assim, são perfeitamente capazes de cumprir a nova lei do reino e viver na realidade do reino para entrarem na sua manifestação.
  Para entrar no reino dos céus, precisamos fazer duas coisas: invocar o Senhor e fazer a vontade do Pai celestial. Invocar o Senhor é o suficiente para sermos salvos, mas para entrarmos no reino dos céus, também precisamos fazer a vontade do Pai celestial.
  Visto que entrar no reino dos céus requer que se faça a vontade do Pai celestial, sem dúvida alguma é diferente de entrar no reino de Deus pela regeneração. Obtemos a entrada no reino de Deus nascendo da vida divina; obtemos a entrada do reino dos céus vivendo essa vida.
 O viver e a obra do povo do reino devem ser fundamentados na palavra do novo Rei para realização da vontade do Pai celestial. Isso é entrar pela porta estreita e andar no caminho apertado que conduz à vida.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Evangelho de Mateus - capítulo 6 (com base nas notas de rodapé)

 A carne do homem, que busca glorificar a si mesma, sempre quer fazer boas ações diante dos outros com o intuito de receber elogios. Mas ao povo do reino, que vive com um espírito humilde e que foi esvaziado, e que anda sob o governo celestial do reino com um coração puro e singelo, não lhe é permitido fazer coisa alguma na carne para receber elogios dos homens, antes deve fazer tudo no espírito para agradar a seu Pai celeste.
 Para o povo do reino, Deus não é somente seu Deus, mas também seu Pai; eles não forma somente criados por Deus, mas também regenerados pelo Pai. Possuem não somente a vida humana, natural e caída, mas também a vida divina, espiritual e incriada.
 O povo do reino vive pela vida divina do Pai e anda segundo o espírito. Assim, a exigência é que façam coisas boas secretamente, e não em público. Exibição pública não corresponde a natureza misteriosa e secreta da vida divina. O povo do reino, como filhos do Pai celestial, deve viver na presença do Pai e valorizá-la. O que quer que façam secretamente para o reino do Pai, Ele o vê secretamente e os recompensará. O fato d Pai celestial ver secretamente deve ser um incentivo para realizarem seus feitos justos secretamente. A recompensa pode ocorrer nessa era ou ser dada a nós como galardão na era vindoura.
 O povo do reino deve orar para que a vontade de Deus seja feita na terra até que a terra seja totalmente restaurada para a vontade de Deus na era vindoura do reino. O povo do reino não deve viver daquilo que ajuntou; pelo contrário, deve viver, pela fé, do suprimento diário do Pai. O povo do reino deve pedir ao Pai que perdoe as suas dívidas, seus fracassos, suas transgressões, assim como eles perdoam os seus devedores. Isso é para manter a paz. O povo do reino deve pedir ao Pai que não os deixe cair em tentação, mas que os livre do maligno, o diabo, e do mal que dele procede.
 O reino é a esfera na qual Deus exerce Seu poder para expressar Sua glória. Se o povo do reino não perdoar as ofensas dos homens, tampouco Seu Pai celestial lhes perdoará as ofensas. E, tal caso, suas orações serão frustradas.
 Nossa vida é mais que alimento, e nosso corpo mais que as vestes. Tanto nossa vida como nosso corpo foram trazidos a existência por Deus, e não pela nossa ansiedade. Visto que Deus nos criou com vida e corpo, certamente Ele cuidará das suas necessidades. O povo do reino não precisa ficar ansioso quanto a isso. O povo do reino tem a vida divina de seu Pai celestial com sua força para guardar a nova lei do reino. Eles também têm seu Pai celestial como Aquele que cuida das suas necessidades materiais, para que não precisem ficar ansiosos acerca disso. Seu Pai é a fonte da sua força e suprimento. Portanto não precisam estar fracos ou carentes. O povo do reino jamais deve viver pensando no amanhã, mas deve sempre viver no dia de hoje.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Evangelho de Mateus - capítulo 5 (com base nas notas de rodapé)

 Para obtermos a clara percepção do reino dos céus, temos de ir a um nível mais alto com Ele.
 Mateus 5:3 nos diz :"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus." Ser pobre em espírito não é somente ser humilde, mas também se esvaziado no espírito, no profundo do nosso ser, não sendo apegado às velhas coisas da antiga dispensação, mas sendo descarregados para receber as novas coisas, as coisas do reino dos céus. Precisamos ser pobres, esvaziados no espírito, descarregados, nessa parte do nosso ser para que recebamos e possuamos o reino dos céus. Isso implica que o reino dos céus é espiritual e não material.
 O reino de Deus se refere ao domínio de Deus no sentido genérico, da eternidade passada à eternidade futura. O reino dos céus é uma seção específica dentro do reino de Deus, composta somente da igreja hoje e da parte celestial do reino milenar vindouro. Tanto a realidade como a aparência do reino dos céus, estão presentes na igreja hoje. A realidade do reino dos céus é a vida adequada da igreja, contida na aparência do reino dos céus, essa aparência é conhecida como cristandade. 
 Se somos pobres em espírito, o reino dos céus é nosso; estamos na sua realidade hoje na era da igreja e partilhamos da sua manifestação na era do reino. Nós somos a luz desse mundo e o sal, para eliminarmos a corrupção e dissiparmos as trevas.
 Glorificar a Deus Pai é dar-lhe glória. Glória é Deus expresso. Quando o povo do reino expressa a Deus em sua conduta e boas obras, os homens veem Deus e Lhe dão glória. Em natureza devemos ser o sal que cura, e em conduta a luz que resplandece.
 A justiça subjetiva - que é o Cristo que habita em nosso interior, expresso no nosso viver como justiça, para que vivamos na realidade do reino hoje e entremos na sua manifestação no futuro - é o que nos qualifica para participarmos das bodas do Cordeiro e herdar o reino dos céus no futuro. Essa nossa justiça subjetiva deve exceder a dos escribas e fariseus, que tem a justiça de letras, que praticavam por si mesmos segunda a antiga lei de letras. A justiça sobrepujante do povo do reino é a justiça de vida, a qual eles expressam no seu viver, tomando Cristo como sua vida segundo a nova lei de vida. Tanto em natureza como em padrão, a justiça de vida excede e muito a justiça sem vida praticada pelos escribas e fariseus.
 Para entrarmos no reino de Deus se requer que tenhamos um novo começo em nossas vidas mediante a regeneração, mas para entrarmos no reino dos céus se requer a justiça sobrepujante no nosso viver após a regeneração. Entrar no reino dos céus é viver na sua realidade hoje e participar da sua manifestação no futuro.Para satisfazer a exigência da nova lei do reino, necessita-se da vida superior da nova criação.
 A palavra do povo de Deus deve ser simples e verdadeira: "sim,sim; não, não." Não devem tentar convencer os outros com muitas palavras; devem ser verdadeiros e de poucas palavras. O povo do reino tem o poder de sofrer em vez de resistir, e de não andar na carne ou na alma com vistas aos próprios interesses, mas no espírito, visando o reino. Dar a quem pede e não voltar as costas ao que pede emprestado provam que o povo do reino não se preocupa com coisas materiais nem é dominado por elas.
 Para o povo do reino ser perfeito como perfeito é seu Pai celeste, significa ser perfeito no Seu amor. São filhos do Pai, possuindo a Sua vida e natureza divinas. Portanto, podem ser perfeitos como é perfeito o seu Pai.
 O reino dos céus é a exigência mais elevada, e a vida divina do Pai é o suprimento mais elevado para satisfazer tal exigência. Essa exigência abre o ser interior do povo regenerado, mostrando-lhes que são capazes de atingir tal nível elevado e ter tal viver elevado.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Evangelho de Mateus - capítulo 4 (com base nas notas de rodapé)

 Após ter sido batizado em água e ungido com o Espírito de Deus, Jesus, como homem, atuou conforme a direção do Espírito. Isso indica que Seu ministério real em Sua humanidade era segundo o Espírito.
 Fazer as pedras se transformarem em pães certamente teria sido um milagre. Essa foi uma tentação apresentada pelo diabo. Muitas vezes o pensamento de conseguir um milagre em certas situações é uma tentação vinda do diabo.  O diabo tentou Jesus pela segunda vez na questão da religião, procurando induzir o novo Rei a demonstrar que era o Filho de Deus atirando-se do pináculo de templo. Não havia necessidade alguma para o Senhor Jesus fazer isso. Era simplesmente uma tentação, seduzindo-O a demonstrar que, como Filho de Deus, era capaz de agir miraculosamente. Toda e qualquer ideia de fazer coisas miraculosas na religião é uma tentação vinda do diabo.
 Toda Escriturada é soprada por Deus. Portanto, as palavras são palavras que procedem da boca de Deus. Citar as Escrituras com relação a um aspecto de determinado assunto requer que levemos em conta os outros aspectos também, para sermos protegidos do engano do tentador. Foi isso que o novo Rei fez aqui para enfrentar a segunda tentação do diabo. Muitas vezes precisamos dizer ao tentador: "Também está escrito."
 Adorar e servir qualquer outra coisa além de Deus em troca de algum ganho é sempre uma tentação vinda do diabo na sua tentativa de obter adoração dos homens.